Diferenças de perfil na geração Z
Recentemente li um artigo da jornalista Nina Lemos com o qual me identifiquei, por estar notando isso no meu entorno. Ela falava sobre as diferenças de perfil entre homens e mulheres da geração Z.
Elas, engajadas em causas sociais, preocupadas com o meio ambiente, falando sobre patriarcado e questões relacionadas à igualdade de gênero e sustentabilidade. Eles, conservadores, usando tênis caros, videogames e mais preocupados com suas perspectivas profissionais e financeiras do que com o social, perdidos nestas conversas.
Elas, com um viés de esquerda; eles, de direita. Noto que elas leem mais. Aliás, eles raramente leem. Elas procuram autoras feministas, segundo o artigo. Eles sequer sabem o que é isto.
Machismo: abismo intrageracional e intergeracional
Fiquei refletindo se este abismo entre homens e mulheres dentro de uma mesma geração não seria um problema a ser tratado na infância, dentro de casa e nas escolas. Percebo que ele se estende a gerações mais velhas, que também encontram dificuldades no diálogo.
Mulheres 50+ com perfil progressista, engajadas e independentes, com pouca paciência frente a posturas machistas de homens da mesma geração ou de uma geração acima, com a qual tendem a se relacionar. Dentre as que procuram um parceiro, esta parece ser uma das maiores, senão a maior dificuldade de alinhamento.
Tolerância e empatia: o caminho para o encontro
Os discursos são muito radicais, de ambos os lados. Falta tolerância e empatia. Precisamos refletir sobre quem são os vencedores nesta batalha do “nós contra eles”. Acho que ninguém está feliz com os resultados.
Fran Winandy
Link para a matéria citada: https://www.dw.com/pt-br/garotos-de-direita-e-meninas-de-esquerda-por-qu%C3%AA/a-68183093