Carreiras lembram caminhos, trilhos, uma certa sensação de que podemos desenhar o percurso, ligar os pontos, chegar ao topo. Limitações auto impostas por nossa necessidade de controle.
Carreiras não costumam ser tão lineares como supõe nossa vã filosofia. Aliás, é até bom que não sejam: a vida fica mais instigante com seus obstáculos, desvios e encruzilhadas. Além disso, sabemos hoje que trilhos dificilmente nos levam aos lugares mais interessantes.
Quem é responsável por ela?
Na década de 80 esperava-se que as empresas cuidassem das nossas carreiras.
Na época, procurávamos avidamente por organizações que oferecessem o famigerado “plano de carreira”. Da nossa parte, cabia estudar — de preferência cursar uma graduação, uma pós e até um MBA — com o objetivo principal de alavancar a trajetória profissional.
Com o passar do tempo, minha geração demorou a perceber o quanto essa ideia poderia nos engessar. Por outro lado, quem ousou contestar o status quo acabou se saindo melhor: um misto de transgressão e autoconfiança antecipou algumas trajetórias e abriu caminhos menos convencionais, porém mais autênticos.
A minha geração demorou para compreender o quanto essa ideia poderia nos engessar. Os que contestaram o status quo se deram bem: um misto de transgressão com autoconfiança antecipou algumas trajetórias.
Mas, voltando à “vaca fria”, que graça teria nosso exercício aqui se imaginássemos uma carreira que não nos trouxesse reconhecimento, diversão e um certo conforto financeiro? Existe alguma fórmula para que trabalho e lazer se confundam numa vida longeva?
Quem dera eu tivesse essa resposta! Mas talvez algumas pistas já tenham se delineado no meu caminho e possam inspirar o seu.
Propósito, palavra batida…
Propósito capta a essência do que quero trazer aqui.
Ela traz paixão, um prazer de fazer bem-feito e “bem-feito é melhor do que bem-dito”. Isso serve para tudo, inclusive produtos e serviços.
A paixão é contagiosa. Mas, devo abrir aqui um parêntese: os sentimentos provocados pela expressão da paixão alheia nem sempre são positivos.
Para provar o meu ponto, basta pedir que você pense em alguém defendendo apaixonadamente opiniões políticas diferentes das suas.
Na seara profissional, lembre-se de um concorrente ou de uma pessoa que não te agrada discursando apaixonadamente sobre algum tema…
Pior se for sobre o que você julga ser a sua especialidade: além de controladores, podemos ser invejosos. Somos humanos!
Mas como seguir caminhando sem que esses obstáculos inviabilizem nossos objetivos?
Eu poderia trazer aqui a importância de mantermos a mente aberta, expandirmos nossos limites, sermos curiosos ou cultivarmos o networking. Tudo isso é importante, somado à necessidade de nos reinventarmos periodicamente, se possível, diariamente.
Porém, tentando responder à pergunta com a qual iniciei esta reflexão, talvez a fórmula para termos carreiras longevas seja optar sempre por aquilo que te torna mais feliz.
Se quiser ler mais sobre possibilidades de carreira, clique aqui: https://etarismo.com.br/trabalhar-por-conta-propria-ou-em-regime-clt/
Confira outras perspectivas sobre carreiras do futuro: https://exame.com/carreira/em-tempos-de-ia-diplomas-valem-menos-o-futuro-das-carreiras-estara-nas-perspectivas-unicas/
Fran Winandy para LinkedIn, #WordsOfWisdom