
A Gestão da Longevidade envolve muitas frentes. Em breve, o Brasil será um dos países com mais idosos, mas ainda persiste uma lacuna entre gerações, perpetuando estereótipos que afetam a todos. Traçamos, inconscientemente uma linha entre os mais velhos e o “resto de nós”.
Desafios para as empresas e sociedade
O desafio econômico é um dos principais, envolvendo previdência e trabalho para idosos. Surge um novo debate sobre o perfil profissional necessário para lidar com essas questões, papel hoje em geral desempenhado pelo profissional de RH. Mas será que o profissional de RH dará conta disso tudo?
Experiências “de fora”
Países desenvolvidos mostram que profissionais de longevidade são essenciais, destacando o potencial do idoso como consumidor e a transversalidade do tema. Eles atuam em Marketing, Vendas, R.H. e Planejamento Estratégico.
Vamos então a sopa de letrinhas e termos estrangeiros! Já existem pelo mundo profissionais atuando no cargo de C.W.O. (Chief Wellness Officer), Diretores de Bem Estar, responsáveis pelo bem estar dos funcionários da organização (Leia mais sobre isso: https://worldhappiness.foundation/pt/blog/felicidade/dois-cases-de-empresas-e-pessoas-de-ponta/ ).
O Retirement Counselor, que atua no aconselhamento de quem vai se aposentar, função pode ser desempenhada por alguém dentro ou fora da empresa e o Corporate Historian, que atua em questões estratégicas ligadas a memória institucional.
Pesquisas apontam para o surgimento de cargos tais como Age Adviser, especialista em conciliar relações entre profissionais de gerações diferentes e CHO (Chief Health Officer). Se quiser aprofundar, clique aqui: https://www.sonoticiaboa.com.br/2024/11/18/empresas-gigantes-contratam-gestor-felicidade-melhorar-bem-estar-funcionarios. Este profissional é o responsável por cuidados de saúde e gestão de seguros, entre outras funções que direta ou indiretamente estão ligados à questão etária dentro da Organização.
E no Brasil?
No Brasil, além do Gerente de Diversidade, que atua de forma mais ampla, existem (poucos!) Consultores em Diversidade Etária, atuando, via de regra, com foco voltado para questões ligadas a práticas e políticas de RH. Além disso, o fato é que existem poucas pessoas com expertise para lidar com o assunto, especialmente no Brasil, onde o tema é mais teórico do que prático
Além disso, poucas empresas compreendem o valor que profissionais especializados em longevidade podem agregar.
Diferenciais aportados pela gestão da longevidade
Profissionais especializados em longevidade e gerações podem agregar valor significativo em diversas áreas, como por exemplo Marketing e Vendas. Ao entender as necessidades e preferências de diferentes faixas etárias, esses especialistas podem ajudar a desenvolver produtos e serviços mais direcionados e atraentes para cada grupo.
Além disso, podem auxiliar na criação de campanhas de marketing mais eficazes, que ressoem com a diversidade etária do público-alvo. Isso pode resultar em maior empatia com o consumidor e, consequentemente, em aumento de vendas e fidelidade à marca.
Já em Recursos Humanos, esses profissionais podem contribuir para o desenvolvimento de políticas e práticas que promovam o envolvimento e a motivação de times multigeracionais. Ao entender as diferentes necessidades e expectativas de cada faixa etária, podem ajudar a criar ambientes de trabalho mais inclusivos e produtivos. Isso pode resultar em maior retenção de talentos, melhoria na colaboração entre equipes e aumento da satisfação no trabalho.
Além disso, podem auxiliar na criação de programas de treinamento e desenvolvimento que atendam às necessidades específicas de cada grupo etário, promovendo o crescimento e o desenvolvimento contínuo dos funcionários.
Se quiser refletir sobre novos modelos de trabalho, consulte aqui: https://etarismo.com.br/modelo-polywork/