📊 Transformações demográficas e o impacto no mercado de trabalho
O envelhecimento da população está transformando o mercado de trabalho brasileiro. Segundo dados recentes do Censo 2022 do IBGE, a idade média dos profissionais ocupados no país é de 39,3 anos. Esse número revela uma mudança significativa na composição etária da força de trabalho, com menos jovens ingressando e mais pessoas maduras permanecendo ativas no mercado.
O combate ao etarismo começa a ganhar espaço na agenda ESG, especialmente no pilar Social. No entanto, tratar o tema de forma superficial pode gerar desperdício de recursos e resultados ineficazes. Infelizmente, muitas organizações ainda optam por soluções econômicas e simbólicas, prática comum no Brasil quando se fala em diversidade corporativa.
Pesquisas recentes destacam os benefícios da integração entre diferentes gerações no ambiente de trabalho — mas também revelam os desafios desses relacionamentos, que exigem estratégias bem estruturadas e compromisso real com a inclusão etária.
Meta-Estereótipos de idade: o impacto invisível nas relações profissionais
Pouco se fala sobre os meta-estereótipos de idade, crenças que influenciam profundamente a forma como nos relacionamos no ambiente de trabalho.
Esses meta-estereótipos representam aquilo que acreditamos que os outros pensam sobre nós com base na nossa faixa etária. Em outras palavras, é a preocupação com o julgamento alheio por sermos jovens demais, maduros demais ou fora do “perfil ideal”.
Além dos estereótipos etários já existentes, lidamos também com nossas próprias interpretações desses julgamentos — o que gera sentimentos, expectativas e reações que muitas vezes não refletem a realidade.
Esse processo silencioso pode prejudicar a comunicação, a colaboração e a integração entre gerações dentro das organizações.
Censo e Diversidade Etária: alerta para empresas e risco de Graywashing
Os dados do Censo 2022 do IBGE revelam tendências que podem finalmente despertar as empresas para a importância de investir na diversidade etária.
Com o envelhecimento da força de trabalho, o tema ganha relevância no pilar Social (S) da agenda ESG. No entanto, esse movimento também atrai oportunistas, interessados em lucrar com um assunto tratado como novidade.
É essencial que as organizações adotem uma abordagem profunda e estratégica, evitando ações superficiais que resultem em graywashing — quando há apenas aparência de responsabilidade social, sem impacto real.
Investir com consciência e bom senso é o caminho para transformar o discurso em prática e promover ambientes verdadeiramente inclusivos para todas as gerações.