Somos agentes do preconceito?

O preconceito e a discriminação com base na idade têm um impacto significativo em diferentes aspectos da vida das pessoas, desde oportunidades de emprego até relacionamentos e participação social, especialmente para pessoas mais velhas. No entanto, muitas vezes não nos damos conta de que estamos perpetuando estereótipos negativos relacionados ao envelhecimento em nosso dia a dia. Na verdade, somos frequentemente agentes do preconceito, sem sequer perceber.

Para mudar essa realidade e falarmos sobre isso, lançamos recentemente um “livro-caixinha” com 100 perguntas instigantes que visam ajudar as pessoas a lidar com essas questões e, acima de tudo, fortalecer as relações intergeracionais.

Vamos falar sobre o etarismo? Este é o nome do nosso livro.

Como funciona o livro ” Vamos falar de Etarismo”?

Para resumir, a caixa é composta por 100 cartas que podem ser usadas em rodas de conversa ou dinâmicas de grupo, desenvolvidas por mim, Fran Winandy, e Patrícia Santos. O nosso objetivo foi de trazer a temática sob diversas perspectivas e estimular a reflexão.

Nossa ideia surgiu ao percebermos a necessidade de exemplos práticos para aprendermos a lidar com o etarismo em nosso cotidiano.Em outras palavras, que perguntas podemos nos fazer para avaliar nosso preconceito?

Exemplos de perguntas para debater o etarismo

O preconceito e discriminação com base na idade afetam vários aspectos da nossa vida, incluindo oportunidades de emprego, relacionamentos e participação social. Isso só serve para perpetuar estereótipos negativos e propagar o etarismo. Alguns exemplos de perguntas que constam em nosso ” livro caixinha”:

” Você tem mais medo de ser velho (a) ou de parecer velho (a)? Explique”

” A afirmação de que os jovens lidam melhor com a tecnologia é recorrente. Qual é a sua opinião sobre isso?”

” Você pretende trabalhar até que idade? Como definir esse limite?”

” Dizer para uma mulher que ela está ‘bem conservada’ para idade que tem é um elogio? Que reflexões você acha que isso pode gerar?”

” Na sua opinião, até que idade uam pessoa pode ser considerada jovem, ou a partir de que idade ela se torna velha/ Por quê?”

Como saber o que é certo ou errado?

Ao elaborar as questões deste livro, nossa intenção foi provocar a reflexão e estimular o debate, em vez de oferecer respostas prontas e definitivas. Isso porque os preconceitos, em particular, tendem a evocar respostas emocionais e subjetivas, que nem sempre são racionais ou consensuais.

O preconceito não obedece a uma lógica linear ou objetiva; ele é frequentemente alimentado por estereótipos, crenças e valores profundamente enraizados em nossa cultura e experiências pessoais. Portanto, é fundamental questionar e desafiar essas crenças, para que possamos começar a entender e superar os preconceitos que afetam nossa sociedade.

Aonde encontrar o livro “Vamos falar sobre Etarismo”?

O livro-caixinha “Vamos falar de Etarismo” está disponível no site da Editora Matrix, nas principais livrarias e na Amazon , oferecendo um instrumento lúdico e poderoso para promover reflexões e debates sobre o tema. Além disso, é importante destacar que o etarismo, também conhecido como ageismo ou idadismo, é um dos principais preconceitos do mundo ocidental, perdendo apenas para o racismo e o sexismo.

Ao ler este livro-caixinha, você poderá ampliar seu repertório sobre o tema e mudar sua visão do mundo. Juntos, podemos combater esse terrível preconceito e criar uma sociedade mais justa e inclusiva. Portanto, é hora de questionar: o que é que realmente envelhece? É a pessoa ou o preconceito?”