Em tempos de confinamento quem tem Internet é rei!. Mas não basta ter acesso a rede, o desafio é ter qualidade de acesso e isso não é para todos. Além disso, a exclusão digital não envolve apenas a questão social, onde talvez essa desigualdade seja mais gritante. A dificuldade em transitar por novas linguagens tecnológicas atinge muitas pessoas ao lidar com tarefas básicas como operar celulares, aparelhos eletrônicos ou caixas automáticos em bancos.
Temos que aprofundar a relação entre idade e nível sócio econômico, bem como as faixas etárias abraçadas pelo espectro do termo idoso. Mas isso não basta. Olhe a sua volta. Você, que ouve música através do celular, trabalha em home office, faz reuniões virtuais, assiste à lives nas redes sociais, participa de cursos on line e já incorporou toda essa rotina digital na sua vida… Os “seus idosos”, aqueles que convivem ou poderiam conviver mais próximos de você, pense neles. Será que eles desfrutam das mesmas regalias digitais que você?
Sim, você se relaciona bem com essas pessoas, que podem ser seus pais, tios, avós, vizinhos. Mas reflita sobre a rotina dos “seus idosos”. Será que seriam mais felizes se pudessem também ouvir música, jogar, conversar com os amigos, fazer algum curso, visitar virtualmente um museu? Pense também sobre o quanto essa dificuldade em lidar com ferramentas digitais não está reforçando a distância entre vocês.
A velhice ainda é sinônimo de exclusão para muitas pessoas. O processo de inclusão digital pode ajudar na recuperação da autoestima, na iteração social e no exercício da cidadania. Será que no seu entorno não há um idoso ou uma idosa com dificuldades em lidar com a Internet? Talvez essa pessoa tenha possibilidade de acesso e uma rede de qualidade, mas não saiba por onde começar. Que tal aproveitar parte do seu tempo livre para incluir um idoso no mundo digital?