Homens e mulheres: faces diferentes do etarismo

Homens e mulheres reagem de maneira diferente ao mesmo fenômeno do etarismo. Estudos comprovam claramente que as mulheres sofrem mais etarismo nas empresas e na vida. Porém, quando eles são atingidos, ficam imediatamente PARALISADOS. Com suas seguranças e certezas já construídas ao longo de anos de experiência, nunca imaginaram que a idade seria um critério de exclusão

Uma pesquisa da Harvard Business Review realizada com 913 mulheres líderes de setores diversos nos Estados Unidos, descobriu que muitas delas, independentemente da idade, realmente eram vítimas do etarismo. Você pode facilmente conferir mais sobre essa pesquisa no site do Movimento Mulher 360: https://movimentomulher360.com.br/noticias/etarismo-em-cargos-de-lideranca/

O etarismo claramente se baseia na ideia equivocada de que o desempenho piora e a capacidade diminui à medida que as pessoas envelhecem. Isso definitivamente é um mito que precisa ser quebrado!

O Blind Spot dos Líderes: Quando o Próprio Futuro é Ignorado

Líderes experientes, continuamente habituados a planejar estrategicamente suas áreas, gerir equipes, decidir sobre orçamento, contratação e demissão de pessoas, frequentemente esqueceram de planejar o PRÓPRIO FUTURO.

O emprego, esse sedativo institucionalizado, pode embotar a percepção das pessoas, fazendo-as crer que ter um é sinônimo de segurança e estabilidade.  E o poder é uma moeda de duas faces: benção ou maldição, já que os que estão no topo são sempre os primeiros a sentir o impacto da queda.

A verdade crucial é que o futuro é incerto e tudo pode mudar quando menos se espera. Nunca é tarde para se adaptar!

A Volta do Pêndulo: Excluidores de Ontem, Excluídos de Hoje

Líderes com mais de 50 anos construíram suas trajetórias sobre os escombros das gerações anteriores, sem se incomodar com a exclusão de pessoas mais velhas do mercado de trabalho. Ocupados demais em conquistar o mundo, com uma atitude blasé no que sempre julgaram seu lugar de direito, não lhes passou pela cabeça que não seguiriam imunes aos efeitos do tempo.

Eles, os arquitetos de exclusão, que contribuiram ou foram coniventes com ela, surpresa: são agora os velhos, descartados, que ninguém mais quer! Frente a essa cruel realidade, eles não têm um plano B e, agarrados aos seus troféus do passado, patinam desesperadamente nesse novo e incerto cenário.

O século passado no espelho

Ah, os modelos tradicionais de carreira, aquela delícia de anacronismo! Quem realmente precisa de atualizações quando se pode continuar acreditando que as pessoas atingem o auge aos 40 e se aposentam aos 65? Afinal, por que mudar algo que funciona tão bem… no papel?

Vidas mais longas, mais tempo de trabalho… e um grande ‘Houston, temos um problema!’ para os líderes experientes que viviam no piloto automático. Catástrofe existencial: precisam se reinventar, trabalhar com vários projetos ao invés de um emprego, empreender, vender?

Líderes experientes, acostumados no papel de reis do castelo, agora precisam descer do seu trono de marfim e se adaptar a uma nova realidade que exige novos skills. Quem diria que o século XXI seria tão… democrático?

Fran Winandy