Pessoas que decidiram fazer da velhice sua melhor idade!

Para a maioria das pessoas, o processo de envelhecimento ainda é visto como uma experiência desagradável — e, em muitos casos, até amedrontadora. Com a chegada à velhice, surgem diversos questionamentos existenciais, como mostra o filme Envelhescência. Além disso, a proximidade da morte e a prostração física e psíquica, causadas pelo peso dos anos, alimentam medos profundos. Esses receios, por sua vez, nos afastam das possibilidades de viver a velhice com leveza, autonomia e prazer.

Para alguns, no entanto, esse momento é sinônimo de reinvenção pessoal, superação dos limites e conquista de desafios: Envelhescência, o filme, é basicamente uma quebra de estereótipos.

Inspiração para um documentário

Inspirado pela história de sete brasileiros que decidiram transformar a terceira idade no melhor período de suas vidas

o diretor Gabriel Martinez produziu este documentário como um registro potente. Por meio dos relatos, ele evidencia a quebra de preconceitos que ainda cercam quem vive essa etapa do ciclo da vida. Além disso, o filme convida o público a repensar os estereótipos associados ao envelhecimento, mostrando que é possível viver com autonomia, alegria e propósito — mesmo após os 60 anos.

O longa-metragem reúne depoimentos de gente idosa na carteira de identidade, mas de cabeça e corpos extremamente joviais. Pessoas que se recusam a aceitar os limites impostos por esse estágio da existência, sejam eles físicos ou psicológicos.

Intercalados aos relatos dos personagens, a película inclui entrevistas com especialistas no assunto. Entre eles, Alexandre Kalache, Mirian Goldenberg e Mario Sergio Cortella.

Pessoas que romperam os estereótipos

Além de romper estereótipos, a obra apresenta figuras curiosas e inspiradoras que desafiam as expectativas sobre a velhice. Por exemplo, Judit Gaggiano exibe um corpo coberto por dezenas de tatuagens e mais de 20 piercings. Além disso, ela frequenta um moto clube com o filho, mostrando que atitude e liberdade não têm idade.

Outro personagem que chama atenção é o maître Oswaldo Silveira, de 84 anos. Todos os dias, ele acorda cedo, calça os tênis e corre entre 10 e 15 quilômetros antes de iniciar sua jornada de trabalho. Com disciplina e vitalidade, Oswaldo prova que envelhecer não significa desacelerar — muito pelo contrário.

Entrando em sua nona década, Ono Sensei, mestre de Aikidô, leciona a arte marcial com a destreza e agilidade de um jovem, e Luiz Schirmer continua saltando de paraquedas aos 74 anos.

Além dos personagens já citados, o público também conhece a história de Edméia Corrêa, que descobriu sua paixão pelo surfe após ultrapassar os 50 anos. Com coragem e leveza, ela desafia as ondas e os estereótipos que tentam limitar a velhice. Da mesma forma, Edson Gambuggi surpreende ao ingressar na faculdade de medicina aos 76 anos, provando que nunca é tarde para começar de novo.

Em cada testemunho, o filme revela a força do espírito humano. Essas histórias mostram pessoas que recusam o abatimento, enfrentam o medo da morte e superam as limitações impostas pela idade. Mais do que exemplos individuais, elas representam uma nova forma de viver a velhice — com propósito, liberdade e potência.

Ficou com vontade de assistir?

O filme está disponível no YouTube. Assista e inpire-se nessas lindas histórias que nos mostram que a idade não passa de um número!

https://youtu.be/i4cLyLdK5EA?si=bLXSl9nNLMPS2HxTL

Fran Winandy, 09/2015