A maior parte das pessoas já ouviu falar sobre os estereótipos geracionais: Baby Boomers, Geração X, Geração Y e Geração Z . Considerando geração um grupo de pessoas que tem um mindset próprio, por ter vivido eventos ou fatos históricos de grande relevância durante seu processo de socialização, estas experiências podem funcionar como lentes, produzindo diferentes respostas aos estímulos atuais.
Os consensos de idade que delimitam determinada geração não existem havendo divergências sobre as datas para cada uma delas, inclusive no Brasil, já que nossa história apresenta marcadores e fatos específicos. Porém, o que importa é tentarmos enxergar o mundo através das lentes de cada grupo para melhorar o convívio entre elas no ambiente de trabalho.
São considerados Baby Boomers aqueles que nasceram em meados da década de 40 até meados da década de 60. Estas pessoas foram educadas num ambiente tradicional, chamavam os pais de “senhor” e “senhora” e, ao escolher uma profissão, provavelmente atuariam nela por toda vida, preferencialmente na mesma empresa. As regras e responsabilidades eram claras, não se levava trabalho para casa, a empresa era uma grande família e a aposentadoria era o grande prêmio de uma vida dedicada ao trabalho.
A geração X, que veio em seguida, trouxe características diferentes e talvez a maior delas foi a crença na meritocracia, ou seja, na possibilidade de crescimento profissional rápido em troca do esforço pessoal. Confiantes, competitivos, com uma lógica individualista, procuram diferenciar-se dos demais através do estudo, de títulos e do trabalho árduo.
A geração Y, com pessoas que nasceram meados dos anos 80 ao ano 2.000 é multitarefa, conectada e coletiva. São profissionais que não dão importância para a hierarquia e buscam no trabalho um propósito. Valorizam a mobilidade, espaços compartilhados e horários flexíveis. São rápidos e impacientes.
Não sabemos muito sobre a geração Z no ambiente de trabalho, pois estão chegando agora, mas as expectativas são de pessoas com características amplificadas da geração anterior, que não concebem um mundo não digital, inclusive em sua forma de comunicar-se com as pessoas.
A integração de diferentes gerações no ambiente de trabalho representa um grande desafio para as organizações. O primeiro passo talvez seja decodificar os seus anseios para depois estruturar um programa que faça sentido.
Fran Winandy