O envelhecimento é um tema tabu em nossa sociedade. Embora muitas pessoas evitem o assunto por acreditar que falar sobre a velhice possa trazer o envelhecimento em si, começam a pipocar depoimentos de celebridades otimistas com a sua velhice. Esta é uma ótima notícia, pois mostra que estamos aprendendo a lidar com leveza com esta OLA, uma coreografia social que tem nos arrastado para uma vida mais longa.

Celebridades dando um show contra o etarismo

Claro, Fran! Aqui está o trecho revisado com palavras de transição que tornam a leitura mais fluida, conectam as ideias e reforçam o impacto do movimento contra o etarismo:


Ronie Von fez 80 anos e afirmou que está longe de se sentir um velhinho — ainda que tenha envelhecido sob nossos olhos. Na mesma semana, Nei Latorraca também completou 80 e revelou que teve seu contrato de trabalho renovado por mais 5 anos, além de seguir em busca de papéis desafiadores. Enquanto isso, Rod Stewart, prestes a entrar na mesma faixa etária, declarou em entrevista descontraída ao The Sun estar “ciente de que está com os dias contados” — e pronto para aproveitar os próximos 15 anos, tempo mínimo de vida que imagina ter pela frente.

Caso ainda haja dúvidas sobre a força desse movimento, testemunhei pessoalmente esta semana Tony Ramos, prestes a completar 76, circulando e interagindo com entusiasmo com o público do teatro TUCA, em São Paulo. Ele celebrava seus 60 anos de carreira ao lado da colega Denise Fraga, na peça O que só sabemos juntos, onde ambos improvisam a partir de insights trazidos minutos antes pela plateia.

E como se não bastasse, no dia 18 de agosto, teremos nossa grande dama do teatro, Fernanda Montenegro — 95 anos de idade e 80 de carreira — como “garota propaganda” na comemoração dos 100 anos do Banco Itaú, no Parque do Ibirapuera, também em São Paulo.


Mudando nosso olhar através da mídia

Claro, Fran! Aqui está o trecho revisado com palavras de transição que ampliam a fluidez, conectam ideias e reforçam o impacto reflexivo do texto:


O papel da mídia ao trazer depoimentos de pessoas reais é extremamente relevante. Por meio dessa abordagem, é possível conferir um olhar autêntico a um contexto massificado, no qual os estereótipos negativos sobre o envelhecimento ainda predominam como norma. Com isso, essa nova formatação do nosso olhar sobre a realidade começa a moldar uma mudança significativa em nossas percepções.

No entanto, mudar uma cultura leva tempo. Nossa rendição — que antecede o complexo caminho rumo à transformação — tende a ocorrer gradualmente, após micro rebeliões diante das dificuldades de confrontar nossos próprios vieses. Em especial, isso acontece quando começamos a identificar vestígios de etarismo dentro de nós mesmos.


Objetivos da idade subjetiva

Ao longo da vida vivenciamos várias idades. Aliás, isso às vezes ocorre ao longo de um único dia. Quem nunca se sentiu adolescente frente ao entusiasmo de um novo projeto ou de uma nova paixão?

Claro, Fran! Aqui está o trecho revisado com palavras de transição para garantir mais fluidez e conexão entre as ideias, mantendo o tom reflexivo e acessível:


As incongruências entre a imagem que temos de nós mesmos e aquela que os outros projetam sobre nós podem, portanto, ser compreendidas à luz do conceito de idade subjetiva. Em outras palavras, essa percepção nos leva a sentir que vivenciamos uma idade diferente daquela registrada pela nossa cronologia real. Consequentemente, essa dissociação entre o sentir e o ser pode influenciar diretamente a forma como nos posicionamos no mundo — e como o mundo nos enxerga.


A complexidade do assunto aponta para aspectos mais profundos do que o simples fato de sentir-se jovem ou velho. A idade subjetiva parece ter consequências sobre o processo de envelhecimento. De fato, sentir-se jovem faz com que as pessoas se comportem como se efetivamente rejuvenescessem, o que compensaria parte das implicações negativas do etarismo.

Você tem medo de envelhecer?

Claro, Fran! Aqui está a versão aprimorada do trecho, com mais fluidez, palavras de transição e um tom reflexivo que convida à introspecção — sem perder a força crítica:


Parecer velho, depender dos outros, ser velho ou estar perto da morte — afinal, qual é o seu grande medo?

Em busca de respostas, recorremos a procedimentos estéticos, tinturas de cabelo e cuidados físicos que prometem nos aproximar do impossível ideal da juventude eterna. No entanto, por trás dessas escolhas, muitas vezes se esconde o receio da perda de lucidez — e com ela, o fantasma da dependência.

Afinal, a velhice nos coloca diante de um fim que não podemos controlar. Talvez seja justamente essa falta de controle que nos assuste tanto.

Mobilização pessoal

Nossos medos nos direcionam para o etarismo. Ao colocarmos uma carga negativa sobre o nosso processo de envelhecimento, é inevitável que o façamos também sobre a velhice alheia. Assim, voltamos ao início deste artigo que sugere uma mudança de olhar.

Fran Winandy