A Gestão da Longevidade envolve muitas frentes. Em algumas décadas, seremos um dos países com maior número de idosos do mundo e, ainda assim, boa parte das pessoas inconscientemente traça uma linha entre os mais velhos e o “resto de nós”, perpetuando crenças estereotipadas em uma equação na qual todos perdem.
Dentre os inúmeros desafios a serem enfrentados, a questão econômica segue na dianteira, envolvendo questões relacionadas à previdência, aposentadoria e continuidade do trabalho para pessoas mais velhas. Para atacar de frente esse desafio, surge um novo debate sobre o tipo de profissional que as empresas deverão ter para lidar com essas questões daqui para a frente. Será que o profissional de RH dará conta disso tudo?
Países mais desenvolvidos trazem insights interessantes: profissionais em funções relacionadas a longevidade em áreas de Marketing, Vendas e Planejamento Estratégico, já que os impactos da revolução da longevidade extrapolam os limites da empresa, mostrando o potencial do idoso como consumidor e a transversalidade que o tema exige.
Vamos então a sopa de letrinhas e termos estrangeiros! Já existem pelo mundo profissionais atuando no cargo de C.W.O. (Chief Wellness Officer), responsáveis pelo bem estar dos funcionários da organização. O retirement counselor, que atua no aconselhamento de quem vai se aposentar, função pode ser desempenhada por alguém dentro ou fora da empresa e o corporate historian, que atua em questões estratégicas ligadas a memória institucional.
Pesquisas apontam para o surgimento de cargos tais como Age Adviser, especialista em conciliar relações entre profissionais de gerações diferentes e CHO (Chief Health Officer), responsável por cuidados de saúde e gestão de seguros, entre outras funções que direta ou indiretamente estão ligados à questão etária dentro da Organização.
No Brasil, além do Gerente de Diversidade, que atua de forma mais ampla, existem (poucos!) consultores em Diversidade Etária, atuando, via de regra, com foco voltado para questões ligadas a práticas e políticas de RH. O fato é que existem poucas pessoas com expertise para lidar com o assunto, especialmente no Brasil, onde o tema é mais teórico do que prático.