Você é daqueles que escolhem um vinho pelo ano que está no rótulo? Pois saiba que este parâmetro, tal qual o critério idade para a seleção de um candidato não diz nada.
Assim como as pessoas, os vinhos carecem de estrutura para envelhecer bem. No caso deles, estamos falando de taninos, acidez e frutas. No nosso, bom, no nosso caso o assunto é um pouco mais complexo!.
Algumas pessoas acreditam que a experiência per si já as coloca em uma posição vantajosa na linha de largada. Muitas vezes, ao serem ultrapassadas por um competidor mais jovem, sacam da cartola seus inflamados discursos etaristas, de como são vítimas do preconceito etário que ronda nossa sociedade e bradam seu infortúnio pelas redes sociais, encontros e lives da vida.
Como o vinho esquecido em uma prateleira, essas pessoas terminam azedando com o tempo. São vítimas que escolheram a queixa como caminho. Podem até ter razão, pois conhecemos a força de um preconceito, mas sua postura só piora a sua condição. Reclamam, criticam e cavam um buraco cada vez mais profundo, de onde dificilmente conseguem sair vencedores.
Sendo assim, como virar a chave? Posto que a experiência não é necessariamente um diferencial competitivo, especialmente quando desacompanhada de inteligência emocional, como transformá-la em um?
Aqueles que sabem utilizar a experiência como competência já devem ter percebido que ela se transforma na conexão com novas ideias e abordagens, alinhada ao cenário. Ou seja, não basta simplesmente jogar a experiência na mesa, apelando para a “Síndrome de Gabriela”, acreditando que uma fórmula que deu certo continuará trazendo os mesmos resultados ad aeternum.
A metamorfose decorre do somatório de conexões trazidas por abordagens heterogêneas, de times multigeracionais e diversos, conjugando tradições e inovações. Profissionais maduros compõem times extremamente competitivos e inteligentes quando mesclados com jovens profissionais e essa riqueza aumenta quando a mescla envolve outros aspectos. Os riscos tendem a ser mais calculados, o time avança com velocidade e grande vantagem competitiva.
Voltando então àquela ” virada de chave” mencionada anteriormente, se você quer que sua experiência seja vista como um ativo, abra-se para o novo, integre-se com pessoas diferentes, ouça mais, desloque o foco para a busca de uma solução arrojada e mostre como sua experiência de vida pode ajudar no descobrimento de novas maneiras de fazer conexões improváveis e interessantes! Depois? Ah, depois abra um bom vinho para comemorar!