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Você já ouviu falar em viés inconsciente?

O viés inconsciente é um mecanismo do nosso cérebro que, frequentemente, influencia atitudes e decisões sem que percebamos. Por isso, acabamos julgando os outros com base em estereótipos automáticos. No entanto, compreender esse funcionamento interno é essencial. Afinal, ele interfere diretamente em nosso processo de escolha e pode levantar barreiras invisíveis que impedem pessoas “diferentes” de ingressarem nas organizações.

Ao reconhecer esse padrão, é possível adotar práticas mais justas, ampliar a diversidade e construir ambientes mais inclusivos.

Quando você seleciona alguém para a sua equipe, em geral tende a avaliar melhor as pessoas que se parecem com você. Os critérios podem variar, como sexo, nível social, faixa etária ou afinidades diversas que você vai encontrando durante o processo seletivo. Você joga tênis e a candidata também? Ponto para ela. Vocês estudaram na mesma universidade? Ponto para ela, mesmo que as características não tenham nenhuma correlação com as competências da vaga.

O impacto invisível dos estereótipos no ambiente corporativo

Um viés é uma inclinação mental que, muitas vezes, distorce nosso julgamento. Como resultado, ele pode gerar decisões injustas e reforçar o tratamento desigual de grupos ou indivíduos. Além disso, os vieses inconscientes são ainda mais sutis: são estereótipos sociais que se formam sem que percebamos.

Mesmo sem intenção, esses padrões influenciam nossas escolhas, moldam nossas atitudes e afetam nossas interações diárias. Por isso, reconhecer sua existência é o primeiro passo para construir ambientes mais justos e inclusivos.

Num processo seletivo, estas conexões conseguem neutralizar eventuais pontos fracos do profissional e você pode terminar contratando a pessoa menos qualificada para a função.

Quando você acredita que as pessoas mais velhas têm dificuldade em lidar com tecnologia, pode considerar que um candidato mais velho apresentará este “problema”, independente do fato. E se você já tiver trabalhado com uma pessoa mais velha em outra ocasião e ela tiver apresentado dificuldades com planilhas ou qualquer outro aspecto ligado à questão tecnológica, será mais um fator para reforçar a sua crença sobre o assunto.

Atualmente várias empresas preocupadas com a questão da Diversidade, vêm trabalhando com o tema e oferecendo programas de Treinamento & Desenvolvimento nos quais esta questão é abordada. Ao criar um ambiente inclusivo onde todos os funcionários sentem-se confortáveis em participar, a empresa abre suas portas à novas ideias, debates, produtos, serviços e soluções.

Reconhecer o viés inconsciente é mais do que um exercício de autoconhecimento — é um passo estratégico rumo à inclusão real. Quando ignoramos esses padrões automáticos, perpetuamos desigualdades silenciosas que afastam talentos diversos, especialmente os mais maduros. Por outro lado, ao enfrentá-los com coragem e informação, abrimos espaço para equipes mais plurais, inovadoras e preparadas para os desafios do presente.

O Papel das Lideranças

Está nas mãos das lideranças transformar esse cenário. A contratação de pessoas maduras, a valorização da diversidade etária e a construção de ambientes inclusivos não são apenas tendências — são urgências. E cada escolha consciente é uma oportunidade de romper barreiras invisíveis e construir organizações mais humanas, inteligentes e sustentáveis.

Chegou a hora de agir. Comece agora a revisar seus processos, desconstruir estereótipos e abrir espaço para a contratação de pessoas maduras. Diversidade etária não é tendência — é estratégia. Sua empresa está pronta para essa transformação?