Em janeiro/2023 o jornal O Estado de São Paulo publicou matéria sobre o potencial de consumo de produtos e serviços para as mulheres maduras. É um mercado ainda pouco explorado, com muitas oportunidades e demandas não atendidas, já que, de acordo com dados do artigo, somos mais de 29 milhões de brasileiras 50+, boa parte invisibilizadas e mal atendidas pelas marcas que atuam no país.
A cara da nova mulher 50+
Somos ativas e precisamos de soluções que nos atendam. Não queremos mais esconder a nossa idade, temos orgulho dela, embora tenhamos medo do envelhecimento e da exclusão que possa vir como efeito rebote. O etarismo nos ronda dia e noite e através de suas lentes tentamos compreender as incongruências entre a imagem que temos de nós e a que as pessoas têm.
O ponto comum entre nós, mulheres maduras, talvez sejam as transformações trazidas pela menopausa em nossa mente e corpo, mas somos um grupo diverso. Em geral, estamos cansadas de tentar corresponder às expectativas sociais frente ao nosso envelhecimento e isso ultrapassa o debate de deixarmos os cabelos brancos ou não.
O etarismo nos persegue
Na moda, algumas marcas já perceberam que não queremos mais seguir aquele padrão estético de juventude eterna que nos têm sido imposto, mas ainda são minoria. No Mercado de Trabalho, muitas empresas ainda não valorizam nosso repertório e potencial, oferencendo salários e honorários abaixo do valor de Mercado, porque somos mulheres e velhas. O viés de gênero acompanha o da idade em uma interseccionalidade com efeitos quase tóxicos.
Valorizar a mulher madura!
Somos um país machista e etarista. Temos ainda muito a fazer, e valorizar as mulheres maduras talvez seja o primeiro passo!