Pirâmide etária em transformação

O Mercado de Trabalho brasileiro segue em rápida transformação, por conta do envelhecimento da população: a elevação da idade média no Mercado de Trabalho está agora comprovada, documentada pelo censo 2022 do IBGE: a idade média da população ocupada é de 39,3 anos. Além de entrarem mais tarde, o número de jovens no Mercado de Trabalho está diminuindo, situação agravada pela migração, fruto das demandas na área de tecnologia, fuga da instabilidade econômica e violência, problemas que, se continuarem sendo ignorados, prejudicarão ainda mais o nosso crescimento econômico.

O combate ao etarismo, neste cenário, parece finalmente entrar na agenda do ESG. Porém, o tema é mais complexo do que parece e uma abordagem superficial só desperdiça investimentos, o que infelizmente, tem sido a opção de organizações que insistem em caminhos mais econômicos, prática comum no Brasil quando o assunto é Diversidade. Uma amostra disso é o destaque nas pesquisas que mostram as vantagens da integração de gerações nas organizações e as dificuldades destes relacionamentos.

Meta-Estereótipos de idade, já ouviu falar?

O que pouco se comenta são os estudos que apontam para a imprecisão de nossas crenças com relação à questão etária, que tanto atrapalham a nossa interação dentro das organizações, os chamados meta-estereótipos. Os meta-estereótipos de idade refletem aquilo que acreditamos que os outros pensam sobre nós com base na nossa idade, ou seja, a nossa preocupação com o julgamento que os outros têm sobre nós por conta da nossa faixa etária. Assim, além de lidarmos com estereótipos de idade, lidamos com as crenças que temos com relação a estes estereótipos e reagimos a eles com sentimentos e expectativas que, em boa parte dos casos, não condizem com a realidade, o que interfere de várias formas no ambiente de trabalho.

Diversidade Etária: a nova onda!