Gerações diferentes sempre conviveram no ambiente de trabalho, mas nunca foram alvo de tantos debates. A ênfase no assunto talvez esteja relacionada às transformações demográficas brasileiras ou às polêmicas discussões sobre as contas da previdência.
O fato é que temos pessoas de várias idades e gerações convivendo em muitas empresas, muitas vezes em cargos pares ou em relações hierárquicas diferentes do passado, com pessoas mais novas gerenciando profissionais mais experientes e o convívio nem sempre é pacífico.
Artigos tentam rotular a que geração pertencem estes profissionais, muitas vezes sem chegar a um consenso. Alguns mencionam suas diferenças, citam seus valores, apontam para alguns problemas mas não mencionam caminhos para a busca de soluções, que não parecem fáceis, nem dignas de receitas.
Outro ponto que chama a atenção é a insistência das organizações em manterem uma política de recursos humanos para todos os profissionais, desenhada apenas com base em aspectos hierárquicos. Ora, se o debate geracional já está meio “batido”, porque ele é desconsiderado?
Especificando esta questão: se é fato comprovado através de inúmeras pesquisas que pessoas de determinada faixa etária, pertencentes a tal geração, valorizam salários altos, bônus e rápido crescimento profissional, de que adianta oferecer coisas diferentes como por exemplo um convênio médico caríssimo extensivo à família? Ou se, por outro lado, o que este profissional valoriza é sentir-se produtivo, atuar no papel de mentor e ter uma carreira sólida, por que oferecer um trabalho em home office, flexibilidade de horário e um bônus agressivo? Por que considerar que a motivação deve ser a mesma para todos que atuam no mesmo cargo?
É interessante ver como a questão geracional é ignorada em vários aspectos dentro das empresas . Diversidade Etária é um assunto sério e complexo, que faz toda a diferença!