O estudo do etarismo é recente no Brasil, especialmente quando o foco é o ambiente de trabalho. Sabe-se que o preconceito de idade permeia os processos organizacionais, começando pela Seleção de Pessoal, que muitas vezes impede o ingresso de profissionais com idade acima de 40 ou 50 anos nas empresas sob os mais diversos pretextos: altos salários, dificuldades com planilhas, falta de flexibilidade, baixo potencial, e outras questões generalizantes, como se a idade trouxesse consigo aspectos negativos iguais para todos.
Aprofundando os estudos e pesquisas, percebemos que o preconceito também existe para os que já estão na organização, que deixam de ser considerados para transferências ou promoções: não são mais convidados a participar de programas de desenvolvimento e passam a ser alvo de piadas por parte de seus colegas de trabalho, como se chegar a esta etapa da vida produtivo e empregado fosse um favor especial concedido “pelos outros”.
As mulheres sofrem um pouco mais, escravas da aparência e da busca da juventude eterna em tinturas, cosméticos, procedimentos estéticos, roupas e exercícios físicos. Além disso, muitas vezes somam ao trabalho, o cuidado dos pais idosos e instabilidade emocional de filhos, que muitas vezes retornam para casa com netos… Guerreiras são as mulheres idosas!
Assunto que começa a ser estudado lá fora são os idosos LGBTIs, assunto pouco discutido por aqui, já que o cruzamento de dois assuntos tabus envolvendo o preconceito é algo que gera desconforto. Vivemos em uma cultura na qual o conflito é cuidadosamente varrido para debaixo do tapete e as pessoas preferem fingir que ele não existe.
Idosos negros, sejam homens, mulheres, gays ou trans. Como são tratados por nossas empresas?
Idosos deficientes, sejam brancos, negros, homens, mulheres, gays ou trans. Existe lugar para eles em nossas organizações?
A Diversidade não é um caminho simples. Mas está provado que traz maior riqueza aos debates e, consequentemente, aos resultados das organizações. Que tal sacudirmos este tapete?